quinta-feira, 30 de abril de 2009

Andar de Táxi em Lisboa

Há quanto tempo não anda de táxi em Lisboa?

Eu andei ontem duas vezes e fiquei impressionada com a facilidade com que um cidadão ou um turista pode ter uma boa experiência ou uma simples experiência. Eu explico-me: A minha visão antiga dos taxistas era o senhor de barriga, dentro do automóvel preto de capote verde (que estão em extinção, mas tenho esperança que a Catarina Portas consiga interromper o processo, à luz do excelente trabalho que tem feito na representação do que é nosso). Por dentro conseguíamos cheirar eucalipto colocado estrategicamente na parte de trás e que enchia todo o espaço com a dita fragrância. À frente e pendurado no espelho retrovisor encontravam-se dois pendentes, um com um crucifixo ou uma Nossa Senhora de Fátima e depois variava ou um símbolo futebolistico, normalmente Benfica ou Sporting ou mais uma fragrância, mas agora do supermercado para distrair os narizes mais exigentes dos odores corporais, presumo. Do lado direito e por cima do porta-luvas encontrava-se uma placa com a identificação d motorista, uma foto dele, da mulher ou de São Cristóvão, o santo protector dos automobilistas.

Hoje e em pacifica coexistência com o anterior, encontramos outro protótipo: um táxi creme, modernamente decorado com publicidade normalmente sobre Lisboa. Lá dentro, já não encontramos pendentes, tendo estes sido substituídos pelo GPS e um suporte para o telemóvel. Atrás o passageiro não tem que ficar pelas vistas de Lisboa. Agora pode optar entre o plasma inserido no assento da frente e onde tem acesso a um moderno canal TV Táxi com informação pertinente e interessante sobre a vida cultural da cidade em português e inglês ou então os suportes para revistas também suspensos no banco da frente, inteligentemente aproveitados pela Q Delta e recheados de Revistas Hola e ainda por cima actuais. O que nos falta?

Ainda por cima o motorista pede a nossa opinião sobre o caminho que preferimos e é muitissimo educado na forma como se dirige a nós.

Ora bem para terminar o bouquet resta-me congratular este excelente serviço e deixar um repto à Q Delta ou à Nespresso: Que tal a oferta de uma máquina e de umas cápsulas aos senhores motoristas para gentilmente distribuirem pelos seus clientes?

E já agora, falem com os Pastéis de Belém...

Obrigada e boas viagens

Sofia Almeida

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