terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Restaurante “O Chico” em São Manços

O Alentejo é conhecido pela sua gastronomia típica. Sempre que visito a Região tento visitar novos restaurantes. Foi o que fiz recentemente. Estava em Évora, e por recomendação dos meus sogros fui jantar ao Restaurante “O Chico” em São Manços (perto de Évora).~

O espaço é simples e pequeno, por isso ou se vai cedo ou convém reservar mesa. As entradas são variadas, e há desde favas guisadas com paio, linguiça e toucinho frito, a Sopa de beldroegas, ou Sopa de Tomate. As empadas de galinha são também deliciosas.

Os pratos são típicos alentejanos, e há desde arroz de lebre ao Ensopado de borrego, à Carne de alguidar, mas a especialidade é o arroz de pato. Divinal. Os Doces são conventuais: Morgado; Encharcada; sericaia, barriga de freira... uma escolha difícil.

Tem uma carta de vinhos alentejanos muito generosa, e o atendimento é rápido e familiar. O senhor Chico é uma simpatia, e um óptimo afitrião.

Localização
Rua do Sol 44 C - São Manços7000-115 SÃO MANÇOS
T: 266722208

Nota: Encerra à Segunda-feira

Cláudia Neves

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A Tasca do Joel em Peniche

É verdade que nem só de pão e água vive o Homem!
A maior parte das vezes, umas iguarias bem temperadas e uns vinhos de eleição ajudam a aumentar o sorriso interior. E, já agora, o exterior!
Visitei há uns dias um desses locais, onde pelo estômago somos conquistados - A Tasca do Joel, em Peniche.
Não foi à primeira, mas à segunda vez que consegui. Já lá tinha ido, sempre a dias da semana, mas sem sucesso. No entanto, no fim da refeição percebi o porquê de tanta procura. O local é acolhedor, sem pretensiosismo. O pessoal afectuoso, sem snobismos, e, mais importante, a comida excelentemente confeccionada. Almocei pernil de porco, mas o bacalhau ao meu lado deixou-me alguma inveja. Os búzios de entrada, mesmo para um céptico como eu, valem a pena.
Segundo me contam, durante o fim-de-semana, é prudente fazer marcação, porque a casa enche. Vai, no entanto, ser um telefonema do qual não se arrependerão, arrisco dizer.


Tasca do Joel
Rua do Lapadusso, 73
2520-370 Peniche
Coordernadas GPS: Longitude 9.393068 - Latitude 39.357010
Telf: +351 262 782 945 * Tlm: +351 939 711 007 * Fax: +351 262 782 235
tascadojoel@mail.pt

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Quinta Dias em Sonho

Decidi ir passar um Fim-de-Semana longe da agitação da cidade, e rumei para o Alentejo, mais concretamente para Santiago Maior (Concelho do Alandroal).

O nome da Quinta de Turismo Rural, é bastante sugestivo, Quinta Dias em Sonho... e de facto, não desilude. Inserida numa propriedade de 11 hectares, na Quinta respira-se tranquilidade e sossego.
Existem 3 quartos, todos com nomes de flores. O Jasmim foi o nosso quarto, símbolo de amor, graça e sorte. O espaço é acolhedor e romântico.

A Quinta tem alguns espaços comuns, como uma sala de lazer, com lareira, onde se podem ver DVD´s, ouvir música, ler, e tem ainda uma sala de refeições, e uma sala de jogos. No exterior há uma piscina, e uma churrasqueira. O tempo não convidava ao mergulho, mas a vista ajudou a lembrar o Verão.

Para além da vista exterior, que nos dá uma sensação de liberdade, e descanso, o espaço interior está muito bem decorado, e pensado. Os detalhes não são deixados ao acaso.
Foi um Fim de Semana, muito bem passado, pelo espaço, pela gastronomia, e claro pela companhia.

Uma nota de agradecimento à D. Virgínia Dias, a proprietária, que nos acolheu de uma forma muito simpática.

Saber mais em Quinta Dias em Sonho

Cláudia Neves

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Um Local impar para almoçar em Lisboa.

Fui almoçar ao Restaurante Feitoria no hotel Altis Belém. O Restaurante é muito bom. Optei por um Bacalhau, sugestão do Chefe e um prato muito apreciado pelos conhecedores. A escolha foi certeira. Acompanhámos com um Duas Quintas Tinto e o casamento foi perfeito. Na sobremesa não resisti às tentações do Chef e perdi-me por um doce de leite condensado e sorvete de morango. Uma delicia.

O espaço é idílico. É um sitio que nos enche de orgulho para levar qualquer cidadão do mundo a comer em Lisboa.

O hotel é alusivo aos Descobrimentos e por isso a escolha de nomes, materiais e motivos seguem esta temática. Na entrada deste restaurante somos recebidos pelo painel japonês Nabhan, onde se comemora a chegada dos portugueses ao Japão com um tom de pele peculiar e uns narizes pontiagudos. A partir daqui os sabores, as cores e as especiarias nas mãos do Chef fazem o resto.

Um senão: muito preto. O acesso à casa de banho é feito por umas escadas pretas, íngremes, com degraus estreitos sob um tecto preto. Muito cuidado a descer.

Um sessim: A arquitecta apostou na luz natural e num espaço requintado q.b. Os guardanapos de linho e com o monograma do espaço gourmet, são um detalhe de requinte. A vista é deslumbrante, emprestada aos nossos olhos pela mãe natureza, onde aquele imenso nos Tejo enche a vista. Lá fora e antes de alcançarmos o Tejo, vemos um cuidadoso jardim japonês que decora o espaço exterior com uma graciosidade natural.

Um sitio a não perder.

Saber mais em: Hotel Altis Belém - Restaurante a Feitoria

Sofia Almeida

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Heritage As Janelas Verdes

Um tesouro escondido em Lisboa. Quem passa pelas Janelas Verdes não se apercebe da dimensão, bom gosto e carisma do Hotel Boutique Heritage As Janelas Verdes. Este fim de semana adiantei-me ao São Valentim e fui desfrutar do Hotel. A suite (n.º28) é confortável e com uma vista linda sobre o Rio.

Existe uma corrente histórica que afirma que este edifício serviu de inspiração para que Eça de Queiroz descreva o seu Ramalhete durante todo o 1º Capítulo dos Maias de forma tão romântica e apaixonada. O hotel está repleto de pormenores e detalhes alusivos ao autor e à sua obra.

Um dos aspectos que mais me impressionou foi a constante tentativa de marcar a diferença e surpreender o cliente. O pequeno-almoço é servido até às 12h. O quarto tem biscoitos caseiros feitos de propósito para o hotel. Existem Cooffee & Tea Stations espalhadas por todo o hotel. A vista da sala / biblioteca é um assombro. Todos os clientes recebem um bilhete para ir visitar o Museu de Arte Antiga. Tudo isto aliado a um serviço simpático e atento às diferentes necessidades.

São pequenos os pormenores, mas são estes que marcam a diferença.

É sem dúvida um dos hotéis mais Românticos de Lisboa.


Sofia Almeida

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Jantar às Escuras

No Natal recebi uma experiência original: um jantar às escuras para duas pessoas. Na semana passada decidi marcar, pois a data dos jantares está sujeita a marcação prévia.

Chegados ao Restaurante Bem-me-quer, fomos recebidos, pela Paula, a simpática anfitriã, que nos perguntou se tinhamos alguma restrição alimentar, ou alguma alergia a algum alimento. Passada esta etapa, a Paula pediu-nos para desligar os telemóveis, e fechar ollhos....ia começar a nossa experiência.

Abriu-se uma cortina preta, e fomos recebidos pela Ana, que nos encaminhou à mesa, e nos explicou o conceito desta experiência. Assim que abri os olhos, reparei que estavamos totalmente às escuras. Não se via nada! Escuridão total. Devo confessar que os primeiros minutos foram assustadores, uma sensação estranha de desconforto, mas passados alguns instantes, senti-me completamente descontraída.

A ementa tem inspirações na gastronomia molecular aliada aos sabores vegetarianos. Cada semana há pratos diferentes. O objectivo é adivinharmos quais os paladares que estamos a saborear. A nossa refeição era assim: as entradas eram sopas 3 diferentes, fria, morna e quente tinham palhinha. O prato principal comia-se com as mãos e uma colher era um crepe de queijo de cabra com tomate cereja e arroz de romã. Uma delicia. Não tinhamos faca nem garfo.

A refeição tem entrada, prato principal, sobremesa, café ou chá e bebidas, e é servida por uma pessoa invisual, a Ana, que devo salientar foi fantástica! Com uma voz doce, foi-nos explicando cada prato, tornando a nossa experiência mais completa.

Saber mais em: Bem me Quer

Cláudia Neves

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A fama do Café de São Bento

Ontem peguei numa fracção de amigas e fomos todas jantar. Éramos 4 e marcámos mesa para o Restaurante De Castro Elias. Proporcionou-se uma 5ª amiga juntar-se a nós e eu pensei, será acrescentar uma cadeira, não vale a pena alterar a reserva. Fiz mal. Chegámos à hora prevista e em vez de - "É só um momento, vamos ver o que podemos fazer!" Recebemos um: - "Não é possível, lamento e não há mais mesas."

Viemos embora, como era Terça-feira o desafio não era difícil e entre várias sugestões, surge o Café de São Bento. Dizem o melhor bife de Lisboa. Quisemos confirmar. O espaço é muito agradável a decoração e o ambiente faz lembrar embora remotamente, o Snob, Pavilhão Chinês ou o vizinho Fox Trot. Jantamos 1/2 Bife à Café de São Bento acompanhado com batatas fritas e esparregado. Quem escolheu o vinho optou por um Duorum - um vinho leve, pouco encorpado e por isso simpático. A conversa deu até às tantas.
Por volta das 23h ninguém resisitiu à sobremesa e vieram umas tartes de maça com gelado baunilha. Uma tentação. Seguiram-se os cafés e os chás e assim terminámos uma noite feminina, muito agradável e descontraída.

Fiquei orgulhosa de uma das amigas do Norte e profunda conhecedora da restauração em Lisboa, dizer que de facto aqueles são os melhores bifes de Lisboa. Confirma-se. A fama não é inglória, injusta ou injustificada.

Os fãs devem visitar.

Menos Bom: a Manteiga vem muito dura e não há Arroz como opção.
Bom: O bife. Nenhuma dúvida quanto a este facto.
Preço médio por pessoa sem vinhos 30 EUR

Localização
Café de São Bento
Rua de São Bento 212
T. 21 395 29 11

Sofia Almeida

Créditos Fotográficos: escape.pt

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

António na Aldeia do Meco

O dia acordara cinzento e apesar de não sabermos se o Sol ganharia aquela disputa renhida às nuvens, apostámos num passeio. Pegámos nas crianças, nos casacos, luvas e cachecóis e fomos até à Costa da Caparica. Contemplámos o mar, brincámos na areia, jogámos à bola e passeámos naquele enorme paredão onde crianças, adultos, bicicletas e trotinetes podem conviver e desfrutar.

A hora de almoço aproximava-se e alguém teve a brilhante ideia de irmos almoçar à Aldeia do Meco, mais depressa decidimos, mais depressa fomos. Depois de contactar alguns amigos, decidimo-nos pelo Restaurante António. Estávamos apreensivos pois queríamos um sitio calmo e tranquilo para almoçar com as crianças e estávamos expectantes, pois era Domingo. Chegámos ao Restaurante, o meu filho entrara a dormir e assim continuou tal não era a tranquilidade do local. O serviço familiar, muito simpático e eficiente.

Optámos por uma feijoada de Marisco (excelente escolha) e as crianças adoraram o espadarte grelhado. Estava tudo perfeito. No final fomos despedirmo-nos do Mar. O dia estava a acabar mas íamos para casa, cheios de boas memória de um dia muito bem passado.


Contactos:
Restaurante o António
Casal St. António - Aldeia Meco, 2970-000 Sesimbra
T: 21 2682939


Sofia Almeida

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Viagem ao Coração de Lisboa

Este fim de semana foi passado em família e assim fizemos programas a pensar ou adaptados às crianças. No Sábado deixámos o carro no Príncipe Real e fomos com as crianças explorar a Baixa. Passamos pelas ruas do Bairro Alto, observámos a vida de quem andava às compras, contemplámos prédios recuperados e lamentámos todos aqueles que estavam entregues aos grafites. Parámos no Camões, e enquanto os meninos corriam atrás das pombas, demorámo-nos no quiosque que agora retém sabores nacionais de outrora. Comi uma queijada e bebi um café. Continuámos. Passeámos no Chiado, sem pressa, de quem nada procura.

Admirámo-nos ao ver que várias lojas tinham mudado de nome. E as cores e as marcas de tantas lojas tinha mudado de rosto. Nos restauradores, parámos junto aos senhores que com uma malinha aberta em cima de um banco, vendem cromos. Continuam, há coisas que resistem ao tempo. Lembro-me de ser menina e pela mão do meu pai, levar uma listagem de números com os cromos em falta na minha colecção. Ficava feliz quando o senhor me dava para mão, aqueles números tão difíceis e até ao momento (impossíveis) de encontrar. Subimos por dentro da estação mais bonita de Lisboa. Viemos dar ao Carmo e mais uma vez corremos atrás das pombas. Daqui fomos em silêncio até ao Princepe Real, pois já nos faltava o fôlego...

Sofia Almeida