quinta-feira, 30 de abril de 2009

Andar de Táxi em Lisboa

Há quanto tempo não anda de táxi em Lisboa?

Eu andei ontem duas vezes e fiquei impressionada com a facilidade com que um cidadão ou um turista pode ter uma boa experiência ou uma simples experiência. Eu explico-me: A minha visão antiga dos taxistas era o senhor de barriga, dentro do automóvel preto de capote verde (que estão em extinção, mas tenho esperança que a Catarina Portas consiga interromper o processo, à luz do excelente trabalho que tem feito na representação do que é nosso). Por dentro conseguíamos cheirar eucalipto colocado estrategicamente na parte de trás e que enchia todo o espaço com a dita fragrância. À frente e pendurado no espelho retrovisor encontravam-se dois pendentes, um com um crucifixo ou uma Nossa Senhora de Fátima e depois variava ou um símbolo futebolistico, normalmente Benfica ou Sporting ou mais uma fragrância, mas agora do supermercado para distrair os narizes mais exigentes dos odores corporais, presumo. Do lado direito e por cima do porta-luvas encontrava-se uma placa com a identificação d motorista, uma foto dele, da mulher ou de São Cristóvão, o santo protector dos automobilistas.

Hoje e em pacifica coexistência com o anterior, encontramos outro protótipo: um táxi creme, modernamente decorado com publicidade normalmente sobre Lisboa. Lá dentro, já não encontramos pendentes, tendo estes sido substituídos pelo GPS e um suporte para o telemóvel. Atrás o passageiro não tem que ficar pelas vistas de Lisboa. Agora pode optar entre o plasma inserido no assento da frente e onde tem acesso a um moderno canal TV Táxi com informação pertinente e interessante sobre a vida cultural da cidade em português e inglês ou então os suportes para revistas também suspensos no banco da frente, inteligentemente aproveitados pela Q Delta e recheados de Revistas Hola e ainda por cima actuais. O que nos falta?

Ainda por cima o motorista pede a nossa opinião sobre o caminho que preferimos e é muitissimo educado na forma como se dirige a nós.

Ora bem para terminar o bouquet resta-me congratular este excelente serviço e deixar um repto à Q Delta ou à Nespresso: Que tal a oferta de uma máquina e de umas cápsulas aos senhores motoristas para gentilmente distribuirem pelos seus clientes?

E já agora, falem com os Pastéis de Belém...

Obrigada e boas viagens

Sofia Almeida

quarta-feira, 29 de abril de 2009

1º Aniversário do 1 Minute Travel

Faz exactamente hoje, um ano que o 1 Minute Travel via pela primeira vez a luz do dia – 29 de Abril de 2008. Surgiu a ideia e quase em simultâneo foi executada. O conceito era simples, mas genial. Partilhar Experiências! Há um ano atrás o primeiro artigo falava timidamente de Berlim e entretanto o world wide web e as redes sociais ganhavam nova vida.

A expressão www. passou a designar What We Want. E as pessoas ditam as Regras. A Web 1.0 já passou e o corolário era Find Me.

A Web 2.0, a dita Social Web, é o tema do momento. Este é um facto, onde se associam várias questões e sobre as quais muita gente fala, mas muito pouca gente sabe o que diz. Muitos experts dizem que o lema das empresas deve ser: «Be Simple, be Social. Don´t make them think, engage them». E a imagem de marca é Join Me – daí o fenómeno e o sucesso da Social Web.

O Futuro pertence à Web 3.0 e já se sussurra Follow Me…

As pessoas já não têm tempo para grandes planos e consultas e por isso procuram dicas e informação previamente filtrada.

As pessoas já não têm tempo para estar juntas, todo o tempo é roubado à família ou ao trabalho e no ‘final do dia’, pouco sobra para as tertúlias entre amigos.

Os blogues são a palavra do momento porque permitem, à priori, reunir pessoas com os mesmos interesses.

E a pergunta que se coloca é… Porquê Blogues?
a. As pessoas participam porque querem;
b. As pessoas participam porque adoram o tema, e adorar é mais do que gostar;
c. As pessoas participam e não são pagas;
d. As pessoas não são isentas, gostam e gostam muito e fazem questão de o demonstrar;
e. As pessoas participam e fazem passar melhor a mensagem e os valores do seu tema de eleição do que os Media ou outro canal de comunicação;
f. As pessoas participam e opinam apaixonadamente porque são pessoas e não são máquinas;
g. As pessoas participam porque é a forma de estarem mais próximas do seu objecto de paixão.

E o 1 Minute Travel é um Blogue que une e reúne as pessoas que gostam de partilhar experiências e já está conectado à Web 2.0. através do Twitter para todos o que queiram seguir: http://twitter.com/1minutetravel

Parabéns ao mentor deste projecto. Que teve a simples e genial ideia de partilhar experiências numa altura em que as pessoas não têm tempo e se refugiam em ferramentas sociais que as compensam, ‘de alguma forma’.

Para terminar, pois o discurso já vai longo, mesmo em jeito de balanço de experiências, ensejos e recordações vividas ao longo de um ano, apelo aos que gostam e seguem o 1 Minute Travel que arranjem tempo e participem, partilhando momentos.

E já agora… Follow us!!!!

Obrigada e Parabéns!

Sofia Almeida

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Inaugurada a Nova Pousada de Viseu

O Grupo Pestana inaugurou mais uma Pousada, desta feita em Viseu. A Pousada fica localizada no antigo hospital de São Teotónio e é na minha opinião uma excelente forma de rentabilizar o imóvel. Trata-se de um assunto polémico, pois há quem defenda que é um disparate aproveitar um hospital para fazer uma unidade hoteleira. E a solução para quem discorda? Deixar o edifício cair? Pois o Estado não tem planos nem orçamentos para este tipo de Património.

Assim os privados, neste caso o Pestana reabilita o edifício, voltando a dar-lhe a dignidade perdida há uns anos, com a ajuda da magia e da varinha de condão do arquitecto Gonçalo Byrne. Explora o espaço por alguns anos e terminado o contrato de concessão, logo troca de mãos outra vez, ou não.

Posto isto voltemos à festa de Inauguração que teve honras de Estado, contou com a presença do Sr. Primeiro Ministro, José Sócrates, que antecipou a sua visita e do Sr Secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade. A música clássica foi interpretada por um quarteto e mais tarde um Grupo de Tunas veio juntar-se à festa. O catering aprovado, sem qualquer nota.

Apesar da chuva nos ter feito companhia o dia todo, o evento terminou com um jantar buffet delicioso, tratado e servido com o carinho nortenho.

Saber mais em: Pousada de Viseu

Parabéns e Felicidades à Directora da Pousada, Carolina Marafusta.

Sofia Almeida

domingo, 26 de abril de 2009

Sentir em Luanda

Nota: Este texto foi escrito no ano de 2001, em Angola.
Anoiteceu pouco antes.
O trânsito, invariavelmente, estava de loucos àquela hora e, para completar o ramalhete, S. Pedro chorava com força.
Do céu, enérgicos relâmpagos e autênticos baldes de água empurravam os pedestres e paravam os carros em filas intermináveis.
Sentado no banco de trás, decidira-me aproveitar a espera obrigatória para me refugiar nos pensamentos. Em quaisquer uns, sem tema pré-definido.
Encostado ao tapume que escondia as obras dentro da rotunda, com os pés descalços mergulhados na água que corria, apoiava-se nas duas pequenas muletas que o sustentavam.
De figura frágil, camisa rasgada, não teriam passado mais de oito anos por ele. Uma criança que num outro lar mal teria autorização para atravessar a rua sozinha. Não era o seu caso!
Era uma criança, mas era também pobre e vivia numa capital Africana.
Estava sozinho sob a chuva que o inundava por entre carros parados.
Primeiro senti um aperto no coração. Sempre fui um apaixonado por crianças, mas aquele cenário enterneceria certamente o mais insensível ser.
Por entre os carros chamei-o.
A nota que lhe pus na mão, que tão pouco significava para mim, foi apenas acessória neste episódio.
Para ele, criança de cara escorrendo água, significou – senti-o – um gesto de preocupação, um pouco de carinho, talvez, numa vida madrasta.
Para mim um simples obrigado que recebi, foi recompensa maior.
Foi sentir que vivo, que o coração chora, que ri, que não se deixou adormecer.
Não foi ser magnânimo, foi apenas ser humano, condição da qual cada vez mais nos distanciamos.

DC

sexta-feira, 24 de abril de 2009

RUANDA 1994

"Gostariamos de informá-lo de que amanhã seremos mortos com as nossas famílias"

Por vezes a realidade, de tão esmagadoramente atroz, confunde-se com a ilusão. Paradoxal, talvez, mas nem por isso menos verdadeiro.
Neste livro, o terrível conflito do Ruanda aparece nu. A selvajaria inconcebível entre seres humanos, supostamente racionais e por isso distintos das outras espécies de animais.
Falar de interesses internacionais interferentes no processo, em lutas seculares entre etnias conflituantes, falar nos bons e nos maus, ou só em maus como um todo. Tudo isso é possível, porém nada, absolutamente nada, justifica o que se passou nas ruas de Kigala e um pouco por todo o país.
Hordas enfurecidas descendo as ruas com um único propósito: liquidar, exterminar totalmente todos aqueles que, embora vizinhos, amigos, familiares durante anos, não pertencem mais ao seu grupo.
Assassinato é assassinato!
Para além do valor informativo, este livro transporta-nos à reflexão sobre o ser humano. Nos seus mais tenebrosos instintos, nada é pior do que ele. Isto porque, faz mal, fá-lo conscientemente e fá-lo de forma requintadamente selvagem.
DC

Roma: La Boca de la Veritá, Pinóquio e o Panteão

Roma é inesgotável. Já falei sobre tanta coisa e ainda há um outro tanto para falar. Durante a minha estada visitei o Panteão e fiz segundo o Guia esta visita num dia de chuva, pois diz quem sabe que é uma sensação maravilhosa estar por baixo da cúpula e sentir a dança dos pingos que aqui terminam a sua viagem ao embaterem em superfície sólida. É de facto bonito. Mas não deixa de ser menos interessante olharmos em derredor e depararmo-nos com imagens enormes e solenes que nos relembram que somos apenas humanos.

Entre visitas, tive ainda tempo para visitar o Pinóquio.

Mais tarde segui para a Boca de la Veritá. Um monumento engraçado que reza a história serve para apanhar os mentirosos. A figura que na minha opinião inspirou o Versace está pacientemente numa parede há espera que estranhos de todo o mundo coloquem lá a mão. Os mentirosos serão agarrados pela boca que automaticamente se fechará. O que é curioso é que chegamos ao local, vemos uma série de pessoas, vamos para o fim da fila e ficamos à espera, não sabemos bem do quê. Chegados ao local sem qualquer supervisão, lemos várias placas. Na primeira pede-se uma contribuição de 50 cêntimos por pessoa para custos de preservação. Na segunda diz, uma foto por pessoa e aí percebemos porque tivemos tanto tempo há espera. Tirada a foto e doada a moeda, entramos por uma pequena igreja e voltamos a sair pois o espaço disponível não dá para mais.

Mas não deixem de visitar, pelo menos são abençoados pela boca do Versace (salvo seja).

Sofia Almeida

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dia Internacional do Livro

Comemora-se hoje, 23 de Abril, o dia internacional do Livro.
Ler começa por ser, acima de tudo, um hábito. Apenas mais tarde se transforma, ou não, num gosto, numa companhia, num vício.
Tenho a sorte e privilégio de ter dois fantásticos afilhados. Invertendo as obrigações que tal função impõe, ambos me têm oferecido diversos presentes que guardo com estima.
São dois livros, escolhidos por cada um deles, os que hoje aqui sugiro.
”Os Mal Amados” de Fernando Dacosta – Livro interessantíssimo, compila e baseia-se numa série de confidências inéditas de figuras que marcaram a história deste país. De leitura fácil e cativante, desvenda particularidades e segredos que a todos interessam, permitindo um olhar diferente sobre os personagens deste país, antes e depois da revolução dos cravos.
“Anticancro - um novo estilo de vida” de David Servan-Schreiber – Relato de um psiquiatra nascido em França, que estudou e trabalhou nos EUA e, aos 30 anos, descobriu um tumor na cabeça. Não obstante o dramatismo da situação, não se trata de um livro lamechas e de auto-comiseração, bem pelo contrário. O autor utiliza a sua própria experiência para transmitir a necessidade de um estilo de vida mais salutar – nomeadamente no que concerne à alimentação – apresentando caminhos e soluções, aos quais acrescenta as bases científicas.
DC

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Imperdível em Roma: Fontana di Trevi e Piaza Navona

Aproximei-me da Fontana di Trevi e percebi que estava a chegar, pois sempre que chegamos a um qualquer monumento importante romano, as pessoas adensam-se. A fonte é de facto monumental. Eu fico verdadeiramente impressionada quando penso, isto foi tudo feito por pessoas com a força humana e sem máquinas sofisticadas.
Perante tal imponência, tirei fotografias como qualquer turista em Roma e como reza a tradição, lá atirei uma moeda à fonte para voltar à cidade da loba, mas eu não sabia e para a mezinha resultar na perfeição, temos que estar de costas. Aqui fica a dica.

Demorei-me ainda numa igreja que se encontra de frente para a fonte, bonita, em talha de madeira. É incrível como qualquer igreja, lugar ou capela em Roma ganha dimensões tão impressionantes. Um facto curioso é que esta igreja tinha centenas de cadeados à volta das grades exteriores. Cadeados de todos os tamanhos e feitios e sempre com o nome de duas pessoas. Deduzo que sejam promessas de amor eternas dos jovens casais que aqui vêem unir as suas vidas para sempre…

Finda esta visita fui à famosa Piaza Navona e procurei o “Tre Scalini” onde provei, a conselho de um Guia as famosas Trufas, especialidade da casa. A trufa era simplesmente divinal e bebi um dos melhores cappucinos de sempre. Os italianos de facto sabem fazê-los.

Sofia Almeida

terça-feira, 21 de abril de 2009

Hotel Infante Sagres, experiência entre o clássico e o moderno

O novo hotel Infante Sagres (re) abriu pelas mãos do Grupo Lágrimas. Com uma localização priveligiada no centro da Invicta, mesmo por detrás da Av. dos Aliados, este hotel sofreu algumas remodelações, o que em linguagem estética feminina se traduz para um lifting. Respeitaram a história e a tradição dos objectos e mobílias que por cá viviam e colocaram uma nota de modernidade e de algum arrojo na escolha e conjugação de algumas peças contemporâneas.

A sala dos pequenos-almoços tem o seu quê de renascimento francês e o jogo de espelhos e da luz que entra pelas janelas sem pedir licença, dão um toque final, na maravilhosa experiência que é dormir neste hotel de encanto. Os quartos apesar de pequenos (pois antigamente era assim que se queriam os quartos) estão decorados de forma criativa, e as casas de banho pretas, têm as almofadas das portadas forradas a espelhos que permitem um ângulo diferente, a quem entra.

O candeeiro suspenso no lobbye, as molduras que forram as paredes ou os arranjos florais espalhados pelo hotel, são alguns apontamentos de modernidade que confrontam ou complementam alguns mimos clássicos do hotel, a ver: o elevador é um must. Quem é que se lembra dos elevadores dos grandes magazines onde antigamente nos podíamos sentar, pousar os sacos e descansar da azáfama das compras entre pisos? Agora deixou de estar apenas disponível na memória, entre no elevador do hotel, sente-se e delicie-se enquanto o elevador a transporta, mediante indicações. Outra nota, os vitrais que acompanham as linhas curvas e bambaleantes das escadas principais que acessam a entrada do hotel, é uma imagem tirada de um plano de Fellini, mas a escolha da personagem que se agarra ao corrimão e torneia os degraus, fica à sua imaginação.

Para quem se quer entregar aos prazeres do SPA, o hotel conta com um espaço próprio. Assim, depois de umas compras na Rua de Santa Catarina, ou de uma exposição na Fundação Serralves ou um espectáculo na Casa da Música, deleite-se no hotel e experimente uma massagem.

Saber mais informação em: Hotel Infante Sagres

Sofia Almeida

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Ruca ao Vivo no Coliseu

Para os pais mais distraídos que ainda não levaram os filhos a ver 0 Ruca, aqui fica a dica. Vão. É uma óptima experiência em família, que tive oportunidade de usufruir este fim de semana. O espectáculo foi no Coliseu às 15h. O sitio é bom e daria para uns passeios não fosse a chuva teimosa que não parava de cair. A hora menos boa porque interfere directamente com a sesta dos mais pequenos, mas nesse dia foi alegremente adiada.

O Coliseu tem as medidas certas para um espectáculo para crianças, é espaçoso sem ser demasiado grande onde nalguns casos, podemos ficar a distâncias intermináveis e o resultado seria: «- Mamã não vejo nada». Felizmente ficámos num camarote e ao contrário dos meus receios, a distância para o palco era ideial. A mensagem em si é pedagógica, sair com as crianças e levá-las a brincar ao ar livre. Todos se identificam com o Ruca e companhia e por isso o resultado foi o delírio, onde se brincou, cantou e encantou.

Outro pormenor a reter, pois quem organizou este espectáculo percebe de crianças: a primeira parte durou apenas 25 minutos e a segunda 30 minutos, com mais 20 minutos de intervalo para ir à casa de banho, comer, beber, correr, enfim aquelas coisas de crianças...

Numa próxima oportunidade, não percam.

Sofia Almeida

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A emoção do trânsito em Roma



Regressei recentemente de uma visita a Roma e descobri mais uma razão para o Papa e o Vaticano estarem localizados naquela cidade. Sem a bênção divina, a violenta condução dos romanos já há muito teria extinguido quem por lá anda.
Os carros e motas, imensos, que percorrem frenética e incessantemente a cidade, não param por, nem para, nada. Se um desavisado cidadão considerar que pode atravessar uma estrada na passadeira, sem perigos, desengane-se.
Usar passadeiras em Roma é um exercício de tal forma arriscado que não se recomenda a cardíacos. Param uns, passam outros, apitam todos. As passadeiras na cidade dos Césares são listas brancas pintadas na estrada, sem função ou interesse especial. De todos, recomendo especial atenção às motas. Essas são as mais inquietas e menos tolerantes quanto aos (atrapalhadores) peões.
Em roma, seja romano. Especialmente tenha os olhos bem abertos.
DC

terça-feira, 14 de abril de 2009

Casa Melo Alvim em Viana do Castelo

Um tesouro escondido numa belíssima e pouco falada cidade portuguesa - Viana do Castelo. Se já havia ícones que simbolizavam esta cidade, como as noivas ´viúvas´de Viana, as belas contas de ouro que se transformam em preciosas jóias, os lenços dos namorados bordados à mão, agora acresce mais um, a hospitalidade da Casa Melo Alvim. O edifício é de 1509 e a mobília percorre vários estilos, nomeadamente D. Maria, D. José ou D. João V.
O serviço é feito por pessoas do norte, profissionais e simpáticas, sempre com um enorme sorriso disponível. A localização é perfeita, no cimo da principal rua de Viana e em frente à estação dos comboios. Experimente ir à Recepção do hotel e peça uma visita guiada ao centro da cidade. Ficará espantado ao perceber que a mesma menina que o recebeu, deu as boas vindas e fez o check in, será a mesma pessoa que sairá por detrás do balcão e o acompanhará pelas vielas da cidade em busca da história, museus e monumentos que embelezam Viana do Castelo.

Quando começar a ter apetite, vá almoçar ao Restaurante Laranjeira e peça Cozido Portuguesa, o restaurante é da mesma família do hotel, por isso o serviço está garantido.
Para terminar dê um passeio pela nova marginal da cidade e perca-se de amores pelas águas que torneiam a cidade.

Saber mais em: Casa Melo Alvim

Sofia Almeida

quinta-feira, 9 de abril de 2009

O Fórum e o Coliseu em Roma

Visitei o famoso Fórum de Roma. Uma visita desta natureza deverá ter a bênção de São Pedro, uma vez que no nosso tecto é o céu de Roma e o piso tem a mesma regularidade que os chãos pisados outrora por pés Romanos. No dia que dediquei ao Fórum choveu, mas ainda assim deu para visitar a Cúria onde em tempos o Senado se reunia. Não tem o glamour esperado, mas é imponente ver o local de onde saíram tantas decisões importantes para o decurso do Império. Por outro lado é pena ver que este Património não está devidamente preservado. As ervas daninhas tendem a não abandonar o local, misturando-se com o lixo abandonado por turistas mais desatentos.

De seguida visitei o Coliseu. Impressionante! Sinto-me arrepiada quando penso no turbilhão de sensações que me assolaram durante a visita. Se estivermos atentos ainda conseguimos ouvir o ecoar dos gritos da multidão eufórica com a actuação dos protagonistas no palco. Tudo se desvanece quando um flash de uma máquina fotográfica de um turista nos trás de volta ao século XXI. Visita imperdível, mas deixe-a para uma Segunda-feira, dia em que a maioria dos museus em Roma estão fechados.

Sofia Almeida

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Restaurante Adega das Gravatas

Em Carnide, situa-se o restaurante Adega das Gravatas. A particularidade da decoração é uma enorme colecção de gravatas penduras no tecto. Esta adega engravatada prima pela qualidade dos pratos.

As especialidades são Açorda de Gambas, Arroz de Tamboril, Massada de Cherne com Gambas, Plumas de Porco Preto, Polvo assado à Lagareiro regado com azeite Quente e alho, Naco na Pedra, Picanha, Peixe Fresco. As sobremesas são também diversificadas e muito boas.

O espaço parece-me ideal para grupos/festas, pois para uma refeição mais calma, parece-me um pouco barulhento.

A confecção dos pratos é boa. Merece uma visita.

LocalizaçãoTravessa do Pregoeiro 15 1600-587 LISBOA

T: 21 714 36 22

Saber mais em: Adega das Gravatas

Cláudia Neves


quinta-feira, 2 de abril de 2009

Charme no Hotel Lord Byron em Roma


O Hotel Lord Byron está privilegiadamente localizado em Roma. Não está na chamada 'downtown', mas está numa zona muito nobre a norte dos Famosos jardins da Villa Borghese. Aqui está localizada a famosa Galeria Borghese, um dos mais pequenos e mais famosos museus do Mundo. Dizem porque eu infelizmente não vi, a entrada estava esgotada e aconselho a quem o queira visitar a marcar com antecedência. Neste parque encontramos ainda o Pincho - um local com uma vista fantástica sobre Roma. Outra referência relativa ao hotel é a Galeria de Arte Moderna.

Mas voltando ao Hotel, trata-se de um 5 estrelas de charme, pequeno, mas com um serviço personalizado e acolhedor. O quarto tem todo o conforto requisitado para um hotel do estilo e a decoração é 100% Vintage e para quem gostar de Art Deco aqui sente-se como peixe na água. O Restaurante Gourmet tem nome e boa reputação, pois foi-me aconselhado várias vezes: "Sapori del Lord Byron".
O Lord Byron faz-nos sentir em casa, chegamos à sala e parece que estamos na sala de um 'amigo' onde os livros, as fotografias e alguns objectos pessoais da família estão à disposição dos convidados. O seu proprietário partilha ainda connosco retratos e quadros da família que mais uma vez decoram as paredes do hotel. A sensação é que somos convidados de honra para a casa de tão distinta y muy nobre família.




Saber mais em: Hotel Lord Byron

Sofia Almeida

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Fui a Roma e Vi o Papa

Fui passar um fim de semana a Roma, presente de aniversário e claro que o Vaticano era um ponto imperdível.

Saí do metro e depois de andar algumas ruas, deparei-me com aquilo que seria a Cidade do Vaticano. As imagens que já vira outrora na televisão e por isso me permitiam saber ao que ia, começavam agora a ganhar contornos de realidade. Fui me aproximando e à medida que chego junto do Local X sou bombardeada com folhetos para ir almoçar aqui e ali. As carroças de souvenirs também se vão adensando à medida que chego ao destino.

Parece incrível tantos anos para ver a Praça de São Pedro, tanta expectativa e finalmente ia confirmar com os meus olhos as imagens imaginadas (passando o pleonasmo) pelo cérebro ao sabor das músicas dos Onda Choque. Alguém se lembra daquela música em que este grupo juvenil canta sobre a Praça de São Pedro? É o som que me vem aos ouvidos quando me falavam deste local...

Lembranças à parte, foi emocionante chegar à Praça de São Pedro e vibrar com toda aquela magia. O Papa estava na sua janela a terminar a missa e despedia-se agora dos seus fiéis nas várias línguas, o que deixava os presentes em sucessivo êxtase. A Praça estava inundada de pessoas e de fé, creio. Olhava a minha roda e via as pessoas a chorar verdadeiramente emocionadas. Foi um momento único que nunca esquecerei.

A partir de agora as imagens da Praça de São Pedro ganham um novo carisma. Incrível como as memórias de infância têm este poder.

Eu fui a Roma e vi o Papa!
(Podem também ver, se olharem com atenção, na 1ª fotografia, o Senhor Papa está na segunda janela da direita a contar de cima)

Sofia Almeida