Passado outro tempo da minha vida, ofereceram-me mais uma obra do ‘mestre’: ‘Intermitências da Morte’. Comecei e nunca mais parei. Só no fim, com um sorriso nos lábios, porque é bom quando acabamos de ler um livro e pensamos que gostavamos de ter sido nós, a pensar naquele argumento e a transcrevê-lo com uma pena. O livro é muito bom, brinca com a vida e brinca com a morte, eu rio-me pelo espírito sagaz com que Saramago descreve, contorna e nos confronta de forma cruel e irónica com a Morte.
Tudo isto era para falar do filme que receava ver, como todos os filmes que vamos ver depois de termos gostado muito do livro, o mesmo é dizer, depois de nós próprios termos criado as nossas imagens, as nossas personagens, é vermos a nossa versão interpretada por outra pessoa. Menos mal, gostei muito do filme e da forma como a essência da história foi captada, mas ainda bem que primeiro desenhei o meu cenário e criei as minhas expectativas.
Saber mais em: Ensaio sobre a Cegueira
Sofia Almeida
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