A Póvoa do Varzim cidade galanteia do Norte, veste-se a rigor para receber os veraneantes de Agosto. Outrora palco de férias de muitas famílias abastadas do norte, hoje recebe toda as pessoas independentemente do extracto social. Procurava uma feira de stock out organizada pelos comerciantes da região que ficava no final do "paredão" das praias e foi quando consegui observar alguns dos aspectos relatados que me fizeram viajar no tempo.
Via todas as aquelas barracas às riscas alinhadas. As cores que predominavam era o azul e o branco. No inicio de cada alinhamento estava uma placa tosca, pintada à mão, onde se conseguia ler o numero do corredor e da respectiva barraquinha. A praia estava pejada de gente, uns de fato de banho, outros de calças arregaçadas, e outros ainda que simplesmente se passeavam.
As barracas estavam repletas de famílias. A avó que aproveitava a sombra do toldo para fazer renda. A mãe agarrada à geleira distribuía comida por todos. O avô procurava os copos para distribuir vinho do garrafão. Todas as famílias se misturavam, com uma certa promiscuidade, pois é impossível ter privacidade. Mas não será essa a ideia, pois que de outra forma se travariam conhecimentos e boas amizades?
Cada praia tem o seu próprio bar, cujo nome se faz prevalecer ao próprio nome da praia. O bar da Mariana & Filhos, José & Alcina, etc. Todos os anos os clientes habitué se reúnem para beber uma cerveja, comer tremoços, trocar hiestórias e jogar cartas ou dominó.
Uma fotografia das praias do antigamente, projectada numa procissão de carros que se arrastava lentamente à beira do areal, naquele dia de Agosto.
Sofia Almeida
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