É daquelas cidades que me lembro de em criança sonhar. Um sítio com aquela localização previlegiada que faz a travessia entre dois continentes, só podia ser uma cidade mágica cheia de encantos e de coisas diferentes. Há uns anos visitei-a pela primeira vez e confesso alguma decepção. Tratava-se de uma localidade normal, atravessada por uma grande avenida, com praias e uma zona antiga, centro nevrálgico do comércio local.
Lembro-me de ter apanhado o barco, o tal transfer que nos transporta para outros mundos imagináveis e recordo-me de mais uma vez me ter deparado com algo surreal, mas por razões diferentes. Uma imagem inesquecível foi a viagem de regresso, a casa de banho do barco, o único sítio que daria argumento para um filme inteiro. A casa de banho estava repleta de mulheres e crianças. As primeiras aproveitavam os lavatórios para dar banho aos seus filhos. Depois de os enxugar e vestir, enchiam-nos de água e colocavam a roupa e lavam-na com o líquido das mãos. Depois de passar por água e de torcer as peças colocavam uma corda amarrada a duas extremidades e lá secavam a roupa. As peças mais adiantadas eram ainda colocadas no secador automático que não teve um minuto de descanso.
Apercebi-me que todas tentavam a sorte, tentavam a vida e o destino, num novo continente repleto de oportunidades quando comparada com o seu país, e se a chegada corresse mal, como seria normal pela falta de documentos, pelo menos a viagem tinha servido para passear, tomar banho e colocar a roupa em dia.
Lembro-me de ter apanhado o barco, o tal transfer que nos transporta para outros mundos imagináveis e recordo-me de mais uma vez me ter deparado com algo surreal, mas por razões diferentes. Uma imagem inesquecível foi a viagem de regresso, a casa de banho do barco, o único sítio que daria argumento para um filme inteiro. A casa de banho estava repleta de mulheres e crianças. As primeiras aproveitavam os lavatórios para dar banho aos seus filhos. Depois de os enxugar e vestir, enchiam-nos de água e colocavam a roupa e lavam-na com o líquido das mãos. Depois de passar por água e de torcer as peças colocavam uma corda amarrada a duas extremidades e lá secavam a roupa. As peças mais adiantadas eram ainda colocadas no secador automático que não teve um minuto de descanso.
Apercebi-me que todas tentavam a sorte, tentavam a vida e o destino, num novo continente repleto de oportunidades quando comparada com o seu país, e se a chegada corresse mal, como seria normal pela falta de documentos, pelo menos a viagem tinha servido para passear, tomar banho e colocar a roupa em dia.
Sofia Almeida
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