Este ano gostei particularmente do Pavilhão de Portugal na Feira FITUR de Madrid. Creio que finalmente os estrategas e os marketeers que planeiam a nossa presença em feiras, perceberam o fenómeno. Compreenderam que não basta ter uma presença institucional, compreenderam que tinham um produto chamado Portugal para vender a todos os que ali se passeiam. E com tanta concorrência haja criatividade para nos distinguirmos dos demais. O ano passado falaram da moda e recriaram o ambiente das passerelles, boa ideia a meu ver, mas ainda insípida, se percebermos que a moda é elitista e portanto haverá um nicho que se identifica, passando todos os outros ao lado do fenómeno.
Este ano o stand ocupou-se de um tema sensível a todos, a Gastronomia, uma necessidade aliada a um desejo :) E nesse tema somos francamente bons. Os cartazes espalhados pelo Pavilhão de Portugal que diziam em tom de Mourinho: "Tenemos el mejor pescado del mondo" E é tão verdade. Porque não gritar e afirmar de forma convicta que além de termos mais de dois terços de costa, temos óptimo peixe e mais, sabemos cozinhá-lo melhor do que ninguém. Desafio quem me lê a dar um exemplo de um sitio no mundo onde se coma bacalhau tão bem como em Portugal.
Fomos mais além, fomos arrojados e parabéns a quem teve a ideia simples mas genial de oferecer gelados e mais gelado "gourmet" que falando novamente em marketing, faz toda a diferença. Também temos gelados de categoria tão bons como os melhores do mundo. E assim se fizeram filas e filas de espanhóis e outros passantes que esperaram calmamente que chegasse a sua vez para experimentar os gelados de Portugal. Grátis! E esta é a palavra que faz filas nas feiras.
Este ano vendemos Portugal, vendemos sonhos e experiências. Vendemos peixe, gelados e a nossa simpatia que está por todo o lado. Somos um país de gente afável, um país solarengo e com tradição ao mesmo que tempo que agarramos a tecnologia como ninguém. Somos um país de brandos costumes e excelente gastronomia. Se a mensagem começa a passar nas feiras do mundo, qualquer dia já ninguém nos agarra.
D. Matos
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