terça-feira, 30 de setembro de 2008

Noites de São Bento

As Noites de São Bento, como tem vindo a ser habitual nos últimos anos, realizaram-se no passado fim-de-semana (último fim de semana de Setembro). Esta inicitiva que vai já na na 8ª edição, visa promover o comércio na Rua de S. Bento, onde se concentra o maior número de antiquários do País.

O tema deste ano foi "Lisboa e o Tejo". Os estabelecimentos de comércio tradicional abriram portas à grande festa da Rua de São Bento, em três dias, com música, arte e muita animação até às 24h00. A Rua de São Bento vestiu-se a rigor de azul, prata e violeta para celebrar Lisboa e o Tejo.

Foram 3 noites de animação, música, dança e projecções de vídeo. Uma oportunidade para ver o comércio desta rua de Lisboa, numa perspectiva bem diferente.

Esta iniciativa é da Associação dos Comerciantes da Rua de São Bento, uma associação sócio-cultural sem fins lucrativos, da qual fazem parte os proprietários de estabelecimentos de comércio tradicional que pretendem contribuir activamente para que a Rua seja uma das artérias mais atractivas e dinâmicas da cidade de Lisboa, através da valorização do seu património histórico, concertada com estratégias de renovação cultural, social e comercial.

Para o ano haverá mais!

Cláudia Neves


segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A Magia de Sevilha

Uma cidade com uma enorme carga histórica e talvez das cidades mais ricas de Espanha em termos de Património. Sevilha é daqueles sítios que rapidamente corremos o risco de apanhar um torcicolo, tal é a beleza dos seus edifícios. Dois dias é muito pouco para ver tamanha imensidão, mas deu para sentir a grandeza da Catedral, o espírito turístico nas esplanadas, sempre repletas de gentes sequiosas. Em Sevilha temos sempre sede, por isso qualquer mesa é pretexto para num bocadinho de sombra ou para descansarmos as pernas.

As charretes fazem fila para transportar os turistas que desejam fazer a Tour pela cidade mágica. O preço não é fixo, portanto tem ordem para regatear. A praça de Espanha é daqueles locais de cortar a respiração, lindo! E ficamos extasiados a olhar em redor, quando percebemos que tudo aquilo é obra humana.

Num registo diferente encontramos as típicas ruelas do Casco de Sevilha, cheia de obras embargadas, sinais da crise que se instalou há uns meses. Mesmo assim no meio de toda aquela assimetria e becos cruzados, sentimos um bafo quente que nos recorda a todo o momento, onde estamos e nos convida a continuar a caminhada em busca de uma esplanada ou de uma sombra.

Sofia Almeida

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Cortijo Soto Real – Turismo Cinegético

Um local encantado suficientemente perto dos utilitarismos de Sevilha e longe o suficiente da confusão, das pessoas e do trânsito. O Cortijo Soto Real fica a meia hora de Sevilha, mas a imponência da sua entrada transporta-nos, nem que por escassos segundos, para longíquas Fazendas no Texas.

Depois de seguir as indicações, encontramos um portão enorme, onde se encerram duas cercas com um logótipo enorme, a anunciar a chegada ao sítio real. Olhamos à volta e não encontramos ninguém, apenas uma enorme extensão de terra a perder de vista. Tocamos a uma campainha e depois de nos identificarmos por um intercomunicador, abrem-se os enormes portões. Corremos alguns quilómetros até que encontramos casas. Seguimos até à recepção, onde somos bem acolhidos e onde um empregado sorridente se predispõe no a mostrar a extensa propriedade.

Tudo começa no Palácio do Cortijo, antiga casa de um Príncipe árabe muito rico, onde me explicam – “Tudo o que vê dourado, torneiras, maçanetas, era no tempo do Príncipe em ouro”. O espaço é bonito e majestoso sem ser demasiado pretencioso. Dali um buggie leva-nos a visitar as casitas da propriedade, os cavalos, os lagos, as coutadas, etc. Quem mais procura este espaço com cerca de 2400 hectares entre vales e colinas, são os amantes do turismo cinegético. Nas duas estações do ano, os coelhos e as perdizes, são o principal motivo de visita à propriedade.

Saber mais em: Cortijo Soto Real

Sofia Almeida

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Festival da Sapateira em Santa Cruz

Se há marisco que eu adoro é sapateira! Foi por isso que não resisti e decidi no Sábado passado, ir até Santa Cruz (perto de Torres Vedras) ao festival da Sapateira, que já vai na 12ª edição. O festival decorre em alguns restaurantes que aderiram à iniciativa, e o preço é 13,90 EUR, por pessoa para saborear sapateira à descrição. Tudo o resto é pago à parte.

Por recomendação de uns amigos, que tinham visitado o festival no ano passado, escolhemos o Restaurante Grill Praia, mesmo em cima da praia. Os empregados foram uma simpatia, e o peticso estava muito bem confeccionado. A sugestão foi óptima!

Fica a dica, se gostarem de sapateira não deixem de visitar. O Festival decorre até dia 28 de Setembro, e independentemente do restaurante escolhido, convém marcar.

Contacto - T: 261 933 344

Cláudia Neves

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

História e Glamour em Carmona

Carmona é uma daquelas vilas pitorescas perto de Sevilha, onde muitos espanhóis têm casas ou haciendas de fins-de-semana. Existem vários edifícios históricos, reconvertidos em unidades hoteleiras. É o exemplo do Hotel Casa de Carmona, uma casa senhorial, distinta, bem preservada e que convida a entrar. Os claustros foram aproveitados para descanso dos hóspedes. Existe ainda uma lindíssima biblioteca, ao dispor de quem passa, onde é possível encontrar raras edições.

O que verdadeiramente me impressionou foi a Suite Azul. Por muito que me esforce a descreve-la vai ser difícil ser fiel à realidade. Quem sobe as escadarias passa pela porta sem se aperceber o que existe por detrás. Assim que entramos temos uma enorme sala de bilhar reservada para quem gosta de jogar com privacidade.

Subimos três degraus e temos uma ante sala de leitura. Em frente está a casa de banho, à esquerda uma sala enorme, digna de Versailles e não estou a exagerar. Vários sofás, móveis enormes, uma mesa única com capacidade para mais de 12 pessoas, uma lareira grande, uma harpa, um piano de cauda. Se nos conseguirmos distrair desta imensidão e contemplarmos os tectos, percebemos que aquela magnitude se estende por cima de nós. O tecto é todo azul e pintado à mão. Continuando ao fundo e à direita temos um dos vários quartos disponíveis, o senhorial. Um quarto de tal maneira majestoso que a cama com um imponente du ciel parece deslocada no meio de tanto espaço. À esquerda temos acesso a outra casa de banho e a visita continua por mais algumas divisões contíguas.

Toda esta descrição palaciana centra-se numa Suite de Hotel. Vale a pena a visita, para confirmar com os seus olhos e ver que não é exagero de quem descreve.

Saber mais em: Hotel Casa de Carmona

Sofia Almeida

terça-feira, 23 de setembro de 2008

“Folia – Tu és isso”

Assisti recentemente a um espectáculo chamado Folia – Mistério de uma Noite de Pentecostes, que decorreu nos jardins da Quinta da Regaleira, um espaço magnífico em Sintra. O espectáculo Folia propõe a recriação em termos contemporâneos da experiência da iniciação e da festa comunitária, associada a uma viagem pelo imaginário mítico, histórico e cultural português.

Inspirada na leitura de Agostinho da Silva das relações entre a Festa do Espírito Santo, a Ilha dos Amores e o Quinto Império, o texto e a encenação convocam palavras e figuras das obras de Luís de Camões, Padre António Vieira e Fernando Pessoa, além do próprio Agostinho, do teatro vicentino e dos Painéis atribuídos a Nuno Gonçalves.

A peça assenta numa profunda interacção entre actores e público, e o espaço onde a peça decorre, torna este espectáculo único e imperdível.

Saber mais em: Tapa Furos

Cláudia Neves

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Um 'Must' em Zafra - Palácio Conde de La Corte

O Hotel com as casas de banho mais bonitas que tenho conhecido ou visitado em Revistas e websites. Imaginem uma casa de banho decorada com o rigor e o pormenor de uma sala ou de um quarto. Os azulejos foram colocados um a um, com um cuidado supulcral, para que nada falhe, tudo programado ao milimetro. Os cortinados inspirados no estilo britânico, pé direito grande, textura grossa e enfeitado com flores.

Tudo neste hotel parece ter sido preservado e protegido pelo passar do tempo. A clarabóia é delicada e ilumina de forma não intrusiva todos os recantos do hotel. O pequeno-almoço é servido numa mesa grande e única que nos transposta para as comensais reuniões familiares da época. À volta, as paredes estão recheadas com mobiliário de época, mas a carga pesada dissipa-se na luz que erradia das janelas viradas para o jardim.

Como qualquer edifício andaluzo, este hotel tem um terraço com uma vista fantástica sobre Zafra, vale a pena subir e tentar tocar no céu. À noite todas as flores e árvores se encontram iluminadas e libertam os seus aromas nocturnos. As estrelas fazem-nos companhia enquanto nos perdemos à conversa.

Saber mais em:

Sofia Almeida

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Natureza e Spa na Villa Termal do Algarve

Quem procura tranquilidade no Algarve, independentemente da altura do ano, deve visitar ou revisitar a Villa Termal de Monchique. Desta vez fiquei instalada na Estalagem Dom Lourenço. O quarto com medidas generosas permitiu-nos umas horas de descanso reconfortantes. As uvas das boas vindas foram das melhores que comi este ano.

Novidades do Hotel: as amenities, mudaram de ingredientes e de marca, agora mais viradas para substâncias que optimizam o bem-estar. A água é Chiq. É o nome da marca e a forma sublinha este conceito: tem o formato de uma delicada garrafa de licor para senhora. A cor é azul, forte, faz-nos lembrar a Solano espanhola que agora também é motivo de inspiração para famosos. Uma Exposição dará origem a um leilão que por sua vez reverterá a favor de instituições ambientais.

Voltando à Água Chiq, trata-se de um instrumento brilhante de marketing, bem aproveitado pela Termas.

O tempo não ajudou e por isso em vez de me entregar aos prazeres do SPA optei por uns passeios pelas Termas, concluindo nesta visita que quanto melhor conheço este espaço, mais gosto.

Sofia Almeida

Nortada na Praia Grande

Na Praia Grande em Sintra (Colares), há um restaurante, com uma esplanada voltada para o mar, o Nortada. O ambiente é acolhedor e confortável. Começámos por experimentar como entrada as ameijôas, que estavam óptimas. De seguida optámos por uma açorda de gambas também muito apetitosa. Para finalizar um shot de gelado de limão, ideal para terminar a refeição e cortar as gorduras.

As especialidades da Casa são ainda os peixes e os mariscos, que também tinham um aspecto óptimo e convidativo.

Este é o espaço ideal para um almoço de domingo em família. Uma boa conversa, com o mar como pano de fundo. Servem almoços até tarde...
Preço médio por pessoa 30 EUR

Contactos T: 219291516

Cláudia Neves

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Tarifa – Ventos desagradáveis

Ouvi falar bem e ouvi falar mal das Praias junto a Cádiz. Percorri quase todas as praias que ligam Cádiz e Conil de la Frontera até Tarifa. Convencida que se tratava de uma cidade com bastante diversidade hoteleira, deixem-me embalar pelo carro e lá fui descendo a costa, confiante que arranjaria um hotel sem problemas. Fiquei perplexa quando cheguei e constatei que a oferta hoteleira era praticamente escassa, para não dizer nula.

Corri a cidade e nada. Optei por voltar para trás e procurar uma série de hotéis junto à praia que antecediam a cidade. Tudo completo. Até que lá encontrei um sítio para dormir que não vale o dinheiro que gastei. No dia seguinte acordei e resolvi dar uma segunda oportunidade à cidade, afinal tinha chegado de noite e cansada. Tentei entrar, mas o trânsito era medonho. Ninguém andava para trás nem para frente. Percebi que não era ali que queria estar e vi-me embora.

Antes parei num supermercado e deparei-me com o cheiro mais nauseabundo de sempre. Uma coisa terrível, mas ao que parece os conterrâneos já pareciam estar habituados, pois ninguém parecia reclamar. Valha o vento a esta localidade para que os amantes de windsurf e parapente a continuem a visitar….

Sofia Almeida

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Tranquilidade no Convento de La Parra

Um Hotel desprovido de luxos e de objectos supérfluos, onde impera a tranquilidade, esta seria entre muitas, uma possível descrição para o Convento de La Parra. Quem lá chega ou anda perdido ou vai mesmo em busca deste Convento, pois o caminho além de sinuoso e turtuoso não adivinha outros pólos de animação por perto. Saímos de Sevilha e finalmente chegámos a La Parra, onde somos confrontados com uma vila pequena e amistosa, cujas boas vindas são dadas pelo vento, na ausência dos autóctones da região.

Percebemos que chegamos ao hotel, pois a imponência do velho convento não deixa margem para dúvidas. À entrada encontramos uma roda da misericórdia, outrora usada para deixar recém-nascidos em troca da bondade alheia. O Convento é forrado a branco. Ao longo dos Claustros encontramos grandes camas para um momento de chill-out na companhia de um refresco. Os quartos têm como lava-mãos uma terrina de barro ou um balde de ferro. O estilo puxa o rústico, mas o conforto está lá, mesmo que escondido.

O silêncio é tão grande que as aves da terra, aproveitaram o campanário do Convento para estabelecer residência, tal é a falta de uso.

Excelente opção para quem procura descanso e tranquilidade. Saber mais em: Convento de La Parra

Sofia Almeida

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sabores do Oriente com vista para o Tejo


Este fim de semana para comemorar uma data especial, escolhi jantar no Restaurante do Museu do Oriente. Situado no Piso 5 do edifício, este espaço tem uma vista fantástica sobre o Tejo.

Experimentámos um menu de degustação, constituído por sopa (creme de ervilhas), uma entrada (crepe de legumes e gengibre), e um prato de carne (rabo de boi com arroz). A sobremesa foi mandioca com coco e canela. Bebemos um tinto do Dão a acompanhar a refeição.

Há 15 anos atrás, este espaço servia para armazenar Bacalhau, hoje renasce pelas mãos dos arquitectos José Luís Carrilho da Graça e Rui Francisco com enquadramento paisagístico de Gonçalo Ribeiro Telles.

O espaço é amplo e tem bastante luz. O serviço é rápido, e os empregados afáveis. É um espaço em que se pode conversar, e saborear uma refeição apetitosa. A meu ver, talvez uma música ambiente num tom baixo, não ficasse mal à sonoridade alheia.

Fica uma dica, às sextas-feiras, entre as 18 e as 22 horas, o acesso às exposições é gratuito e, logo, uma oportunidade para visitar o museu e experimentar o restaurante.

Contactos: 213 585 228 ou Restaurante Museu do Oriente

Cláudia Neves

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Saldanha Mar, novo Restaurante Design em Lisboa

Trata-se do Restaurante do Fontana Park, o novo design hotel em Lisboa. O Saldanha Mar especializou-se em Gastronomia Tradicional Portuguesa e Mediterrânea e tenta ´puxar´ pelos portugueses, como em Madrid ou Barcelona, os restaurantes de hotéis ´puxam´ pelos seus conterrâneos. A ideia é que faça parte dos nossos hábitos ir almoçar ou jantar a um restaurante porque ele é bom, independentemente se faz ou não parte de um hotel. Este é um pormenor de localização. As portas directas para a rua são um sinal de boas vindas a quem passa.

O nome de inspiração marítima pode advir da grelha onde são cozinhados os peixes frescos ou servidos bons mariscos. É um restaurante light onde não há espaço para excessos e onde predomina o branco, sinal de candura e pureza. A decoradora optou por colocar um espelho enorme numa parede, o que ajuda a aumentar o tamanho da sala por um lado, e por outro permite aos clientes ver, sem ser visto. Podemos observar e comentar sem ganhar um torcicolo.

Localizado numa zona nobre de Lisboa, o Saldanha, o novo restaurante promete inspirar quem procura espaços diferentes.

T: 21 041 0600
Preço médio 40 EUR

Tita L. Mayer

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Gerês Encantado

Estas férias decidi visitar uma zona do nosso país que há muito estava nos meus planos: o Gerês. Fiquei hospedada em pleno coração do Parque Nacional da Peneda Gerês na Estalagem Vista Bela.

A Estalagem está situada na aldeia de Outeiro, e tem uma vista privilegiada para a Albufeira de Paradela. Um espaço bem cuidado, pitoresco, que oferece aos seus clientes um serviço eficaz, aliado à simpatia dos colaboradores da estalagem. A piscina exterior tem como pano de fundo a montanha. O espaço ideal para apanhar um pouco de sol, ou aproveitar a sombra de um chapéu para ler um livro. A estalagem tem também uma piscina interior, e sauna para alguns momentos de relax.

Esta zona é muito procurada para passeios pedestres. Se apreciar não deixe de ir até lá. Os amantes das bicicletas são também bastante vistos nesta zona.

A não perder:

Pitões das Júnias (Cascata de Pitões).

Para terminar uma nota para a gastronomia desta zona: muito bem confeccionada e saborosa. Saliento um restaurante óptimo chamado “Rocha”, perto da estalagem, onde se podem saborear os melhores pratos da região.

Quarto duplo desde: 60 EUR


Saber mais em: Estalagem Vista Bela

Cláudia Neves

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Restaurante Zona Verde em Estremoz

Tinha tomado um banho de piscina e decidi ir jantar a Évora. Entretanto a minha filha tropeçou num chinelo e bateu com a cabeça numa banqueta que se encontrava aos pés da cama. O episódio serve para enquadrar este acontecimento nos chamados desígnios do destino. Alterei os planos e fui procurar um restaurante em Estremoz. Aconselharam-me o Zona Verde – “Muito bom e muito típico”. Cheguei e já estavam algumas pessoas à minha frente. Eram exactamente 21h e perguntei ao dono quanto demoraria para termos uma mesa. – “10 a 15 minutos disse-me, com um ar muito atarefado e de quem não podia prestar atenção”. Estes foram os primeiros sinais que eu não quis ler. Ficamos à espera com uma criança de 1 ano ao colo e toda a sua impaciência.

Os empregados passavam por nós aos encontrões, pois o único local onde podíamos esperar ficava no caminho para a cozinha. Passados quase 50 minutos, insisti e o senhor com o seu ar pouco simpático, lá me disse para nos sentarmos numa mesa ao fundo. Assim que cheguei pedi uma sopa e uma cadeira para a minha filha, e claro a Carta. Só veio a sopa. Passaram 15 minutos e ela continuava ao nosso colo, a comer e nós à espera da Carta. Se isto era assim e ainda não tínhamos pedido, significava que só jantaríamos, madrugada dentro. Paguei a sopa e vi-me embora.

Moral da história: A comida podia ser fantástica, mas o mau serviço arruinou para mim, a imagem daquele restaurante.

Contacto: 268 324 701

Miss S.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Zafra – Cidade das Praças Andaluzas

É uma daquelas cidades bonitas e galanteias de Espanha. Alguns conhecem, a maioria já ouviu falar. Eu desconhecia e por isso fiquei agradavelmente impressionada. Gostei da cidade, dos jardins, mas sobretudo das praças andaluzas que nos fazem sentir bem. Eu gosto de ver as esplanadas cheias de pessoas a conversar, as crianças a brincar– que se conhecem de forma espontânea e rapidamente estão a partilhar brinquedos. Os pais zelosos que passeiam com orgulho, os carrinhos que transportam os seus filhos. Os idosos que partilham bancos e a alegria que cresce em seu de redor.

Os claustros das praças andaluzas deixam sempre antever, empregados atarefados e compenetrados em levar pedidos e trazer cervejas, aperitivos, bocadillos, tapas e raciones. A esta altura o sol ainda se põe, porque o jantar só começará a partir das 22h. Até lá assiste-se a este fantástico entardecer onde as pessoas convivem e bebericam qualquer coisa a pretexto.

Os espanhóis têm esta forma salutar de estar na vida. Aproveitam os espaços e harmonizam-nos com a sua presença. Todas as idades se misturam e interagem, em vez de se enfiarem num qualquer centro comercial cheio de fontes artificiais.
Sofia Almeida

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Aveiro – numa Perspectiva diferente

Tive a oportunidade de percorrer as ruas de Aveiro de uma forma diferente, acompanhada por alguém nativo. Foi muito interessante pois andei por artérias da cidade que talvez não andasse e, mesmo que andasse por lá, talvez nessa altura estivesse mais preocupada em sair, com medo de me perder.
Vi, em plena cidade, crianças a jogar à bola na rua! Vi, estendais de roupa do lado de fora, pois dentro de casa não há como secarem. As casas típicas do bairro dos pescadores são construídas em altura e muito estreitas.

Trata-se de uma cidade dentro da cidade! Hoje essa parte da cidade é considerada a cidade velha, outrora foi considerada a Vila Nova, além portas, onde ficavam os pescadores e os forasteiros que vinham a Aveiro negociar uma mercadoria valiosa, o Sal.

Tive a possibilidade de observar a cidade sob outro ângulo. Se derem um salto a Aveiro, não deixem de contactar o Cicerone, alguém que sabe e que orienta.

Saber mais em:
91 845 45 95 ou 234 094 074

Clara Silva

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Convento dos Capuchos para Monges e Nobres

- Construído por Monges
- Habitado por Nobres
- Preparado para Si.

Um Convento encantado, nascido e recuperado em Monção. Uma aldeia típica mesmo na fronteira que separa terras portuguesas e espanholas. Juntam-se os dois ingredientes e temos um espaço antigo que nos sussurra histórias com vários séculos, e recupera com o conforto e o fulgor contemporâneo.
O Convento data o século XVIII e podemos sentir o mesmo silêncio vivenciado pelos frades da época. Em simultâneo, a decoradora, Adelaide Rebelo de Andrade, transpôs a modernidade do mobiliário, acrescentou verde e bambu e encheu o espaço de peças que nos fazem sonhar.

E como nada foi deixado ao acaso a louça tem um design arrojado, e é assinada com o logótipo do Convento. Afinal são os pormenores que fazem a diferença. Eu perdi-me na piscina onde o céu se confunde com as montanhas. Li um livro no bar, contíguo à recepção que outrora fora a cozinha, onde se prepararam grandes mangares. Passeei pelo corte de ténis, integrado nos socalcos que expandem o convento para outro lado da cidade. Experimentei isto tudo e fiquei com vontade de regressar, um dia que o vento me traga para estas paragens.

Saber mais em: Convento dos Capuchos

Sofia Almeida

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Ai Férias, Férias!!!!

Acho que quando entro em Espanha devo transportar comigo uma nuvem negra sobre a cabeça, cheia de relâmpagos e trovões. Na verdade, raras são as vezes em que não há atentado etarra ou da Al Qaeda, descoberta de arsenais nos hotéis para onde me dirijo, etc.... Desta vez, foi a queda do MD-82 da Spanair, do qual só me apercebi do incêndio e da sua origem nas notícias da noite. Acho que, em relação a mim, eles um dia vão dizer que não levo bons ventos mas, sobre casamentos, eu é que não os quero. A Catalunha sempre foi uma região que me atraiu, sobretudo Barcelona, por tudo o que é e o que nos dá. É um destino de eleição pois é uma das mais belas cidades que conheço. Desta vez entrou-me na cabeça ir para Castelldefels, que tem um ambiente muito tranquilo e uma praia excelente com águas que andam sempre os 18 e 21ºs.

Após 355 dias de trabalho e não sei quantas horas extraordinárias de viagem pelo maravilhoso interior seco e árido do centro de Espanha, cheguei ao apartamento de destino. Comissão de boas-vindas: Uma placa junto à porta com os seguintes dizeres "Prohibit jugar a pilota - respecteu els descans dels veins", ou seja: Não podes kekar porque deves respeitar o descanso dos vizinhos. "De puta madre" as catalãs devem ser bem fogosas e histéricas - pensei eu... Na realidade, não era bem assim, na porta ao lado, numa loja, existe um "buffet de advogadas". Eu explico, devem de haver buffets sexuais das mais diversas profissões. Aquele era de juristas, mas deve de haver de mulheres-polícia, que lá são as "mossas de esquadra", bombeiras, empregadas domésticas (depiendentas), etc...
Embora se encontrasse encerrado para "vacaciones", imagino que as advogadas devem gritar: "Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii- iiiiiii, cariño mio, pone tu recurso en mi Codigo de Pienas , eso, eso en el artículo 25, alínea J, eso guapo, ah que locura de chico"................................... Por isso, elas não deixam "jugar a pilota dentro de casa", o lobbie dos advogados é muito forte e ninguém estaria abrigado de uma qualquer sanção.

Aquela cidade é muito agradável e saudável para as articulações. Eu explico: devem de existir 2 cães para cada habitante. Não, não são vadios, todos mascotes caseiras muito bem tratadas. À noite, quando todos saem de casa para as tão conhecidas caminhadas nas "Ramblas" é agradável vermos a forma engraçada como andam ziguezagueando entre os dejectos dos canídeos. Desta forma, com trejeitos de marchadores olímpicos, eles vão cuidando das articulações dos membros inferiores. Aliás, os cães foram substituídos por símios nas proibições de pisar relvados, tal a sua influência na Vereação do Ayuntamiento. A praia é maravilhosa, com um areal extenso e cheio de mulheres a fazer top-less, pena é que imponham a condição de as mesmas terem mais de 60 anos e 75 kg de peso. Lá, podemos, ao contrário do Algarve, fazer uma "massagi" chinesa por 5 EUR ao tronco, ou 10 EUR ao corpo todo. Relax completo.

No fim tive de me arrastar até à água, deixando atrás de mim um sulco profundo na areia. Para o serviço ser completo, podemos coçar os genitais numa alforreca. Confesso que é uma sensação inigualável e irrepetível. Como a vida é feita de experiências e curiosidade é coisa que não nos falta, num dos dias meti-me no comboio e fui visitar Sitges, uma vila de veraneio muito procurada por gente de todo o mundo. Diria que é um ninho de amor. A Guerra Civil espanhola não passou por lá de certeza. Todos os homens se dão muito bem e até na forma de vestir são coincidentes: calça branca muito apertada e camisola de alças com buracos e bem justa ao corpo. Ali, todo o Mundo está em Paz. Se fossemos governados por turistas de Sitges não existiriam genocídios, Tchéchénias, Tibetes, Iraques, Ugandas, etc... Talvez uns gritos, uns tabefes, uns pratos partidos, puxões de cabelos, guinchos, mas nada mais do que isso.
Lá, pude confirmar a minha teoria de que macho só é macho quando tem barriguinha e o único barrigudo que encontrei foi a minha figura reflectida na montra de uma loja de roupa interior para (mais ou menos) homem. Ainda entrei, mas a bicha que estava no balcão correu comigo, histérica, dizendo que "sólo tallas elegantes". Ainda bem que sou um estafermo, assim só mesmo um desgraçado tentaria assediar-me e, isso, é coisa que lá não há. Gostei de ver todas aquelas "dolls" sentadinhas nas esplanadas a comerem-se umas às outras com os olhos. Ai que malucas. Foda-se, não era o que queria dizer, os tipos são doidos.

Nunca pensei encontrar focas em águas cálidas do Mediterrâneo, mas a forma como andava excitadas na água e pela forma como soltavam sons, ou se apalpavam ou andava tubarão na praia. Curiosamente, nenhuma das praias de Sitges tinha nadador-salvador. Pensando bem, como é que o desgraçado conseguiria fazer respiração boca-a-boca a tantos falsos afogados. Um conselho às minhas amigas, se quiserem tentar uma aventura extra-conjugal, ou perder a virgindade, nunca pensem em ir para Sitges, porque é uma viagem debalde. Se, mesmo assim, decidirem não aceitar a minha opinião, levem umas latas de atum, que será a única coisa que vão comer.........

Vitor Lourenço
(em 5 minutos)

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Companhia das Culturas – Turismo Rural de Charme

No passado mês de Julho tive a sorte de usufruir com a minha filha e o meu marido de duas noites numa fazenda de turismo rural de charme, Companhia das Culturas. Um pouco à descoberta e apostando na surpresa, rumei até ao barrocal algarvio, São Bartolomeu. Confesso que até chegar ao portão da fazenda temi pela minha escolha, mas depois de digitar o código de acesso e o portão abrir fiquei rendida com a miragem.
Não poderíamos ter sido melhor recebidos e acarinhados pela proprietária, a antropóloga Eglantina Monteiro que amavelmente nos mostrou o espaço e sugeriu alguns itinerários. O conceito é inovador. Apela-se à comunhão com o meio rural envolvente por isso não há TV. Para os dependentes das tecnologias há Internet wireless. A fazenda tem cerca de 40ha de produção ecológica e recuperação de águas residuais. O restauro do núcleo habitacional tem a assinatura do Arqº. Pedro Ressano Garcia. São cerca de sete quartos pensados individualmente e sem descurar pormenores que os tornam únicos.

Os pequenos-almoços são divinais! Frutas frescas e sumos naturais produzidos na fazenda e pão cozido no forno. Não posso esquecer e agradecer a amabilidade das funcionárias. O meu conselho: permitam-se conhecer este vigorante pedaço de terra no meio de um Algarve em constante alvoroço.

Saber mais em: Companhia das Culturas

Carla Neves

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

DUNA BEACH - Verão chill out

Ao passar na Meia Praia, numa extensão imensa de areal, encontrámos o Duna Beach. O seu conceito natural e ecológico, inspira-se na natureza que o rodeia. A cerca de 2 km do Tivoli Lagos, o Duna Beach é servido por um transporte próprio e gratuito durante o dia, encontrando-se aberto todo o ano, o que é muito bom para todos os que procuram estas paragens fora da época do Verão. Um ambiente Chill Out complementado por uma magnífica vista sobre a praia e piscina.

Depois de um mergulho no mar e na piscina, podemos deliciar-nos com os saborosos pratos criados pelo Chef Jerónimo Abreu no restaurante e bar do Duna Beach. Ao cair da noite, o ambiente à luz das velas é o ideal para um jantar mais íntimo ou, se preferirmos, festas e eventos na praia.

O Duna Beach tem também à disposição várias actividades e serviços: desde a prática de desportos náuticos à realização de eventos. Eu fui e adorei – a aproveitar….


Saber mais em: Duna Beach

Simão Cruz