É uma daquelas cidades bonitas e galanteias de Espanha. Alguns conhecem, a maioria já ouviu falar. Eu desconhecia e por isso fiquei agradavelmente impressionada. Gostei da cidade, dos jardins, mas sobretudo das praças andaluzas que nos fazem sentir bem. Eu gosto de ver as esplanadas cheias de pessoas a conversar, as crianças a brincar– que se conhecem de forma espontânea e rapidamente estão a partilhar brinquedos. Os pais zelosos que passeiam com orgulho, os carrinhos que transportam os seus filhos. Os idosos que partilham bancos e a alegria que cresce em seu de redor.
Os claustros das praças andaluzas deixam sempre antever, empregados atarefados e compenetrados em levar pedidos e trazer cervejas, aperitivos, bocadillos, tapas e raciones. A esta altura o sol ainda se põe, porque o jantar só começará a partir das 22h. Até lá assiste-se a este fantástico entardecer onde as pessoas convivem e bebericam qualquer coisa a pretexto.
Os espanhóis têm esta forma salutar de estar na vida. Aproveitam os espaços e harmonizam-nos com a sua presença. Todas as idades se misturam e interagem, em vez de se enfiarem num qualquer centro comercial cheio de fontes artificiais.
Sofia Almeida
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